NOTÍCIAS
Clipping – E-Investidor – Como o Airbnb impactou o mercado imobiliário americano
23 DE AGOSTO DE 2023
Quando a gente começa a falar em crise e recessão, uma das primeiras coisas que vêm à nossa cabeça é o mercado imobiliário dos EUA, já que em 2008 o segmento quebrou, puxado pelas alavancagens feitas com a compra desenfreada e condições surreais no mercado imobiliário.
Depois de 15 anos, há um cenário de juros altos por lá. Eles devem continuar subindo ou se manter no patamar acima de 5,50% por um bom tempo.
E juro alto é igual a maior dívida e principalmente, parcelas mais altas, fazendo com que a maioria dos americanos não consiga pagar seu financiamento/hipoteca.
Em 2021, com US$ 100 mil você conseguia comprar uma casa de US$ 500 mil e pagaria um total de US$ 207 mil em juros ao longo de 30 anos. Se alguém fosse comprar hoje essa mesma casa, com a mesma entrada, teria que arcar com juros de US$ 600 mil ao longo de 30 anos.
Os juros nos EUA foram subindo de praticamente 0% para os 5,5% atuais e quase 100% dos financiamentos e hipotecas por lá são atrelados ao equivalente aos juros pós-fixados do Brasil. Quanto mais alta a taxa, mais elevada é a parcela e a correção do saldo devedor.
Em alguns estados, a taxa de juros de financiamento chega a 8% ao ano, patamar mais alto desde 2003. Logo seria de se pensar que poderíamos já estar vivendo uma crise, com pessoas sem conseguir pagar suas parcelas, vendendo imóveis e derrubando o preço do mercado imobiliário que poderia atrair outros vendedores e por aí vai naquele efeito dominó.
Mas o mercado imobiliário nos EUA continua aquecido e, em alguns lugares, as casas estão até subindo de preço e isso tem tudo a ver com o Airbnb. Diferentemente de 2008, o mercado imobiliário de compra/venda e aluguel chegou às pessoas físicas por meio de plataformas do tipo. Agora, é possivel fazer (de forma mais facil que antes) renda com sua moradia.
Muitos americanos estão preferindo não vender casas que antes eram investimentos e optando por alugar, suprindo a demanda de quem não tem dinheiro para comprar e precisa do aluguel. Logo a procura passou a ser por casas alugadas e não “for sale”.
Um exemplo disso é o mercado em Austin, Texas. Em um levantamento feito nas últimas semanas os dados corroboram essa mudança de comportamento do americano em relação ao mercado imobiliário:
Haviam 12.127 unidades de casas para aluguel, sendo que apenas 3.329 estavam à venda. Ou seja: menos de 30% do total para aluguel. Coloquei o estudo no grupo de Whatsapp o qual você, leitor do E-Investidor tem passe livre para entrar. É só clicar aqui.
O americano aprendeu a gerar receita com seu imóvel que ajuda a pagar seus custos de vida, hoje mais elevados, sem se desfazer do seu ativo. Na outra ponta, a alta oferta de imóveis para alugar suavizou o preço daqueles que precisam viver de aluguel, já que não conseguem comprar uma casa própria.
A questão daqui pra frente é: quando essa renda passiva não for suficiente ou quando os donos precisarem vender seus imóveis para pagar as contas, o que acontecerá com o mercado? Hoje esse é um dos assuntos mais comentados e discutidos em fóruns e rodas de investimentos já que esse é um comportamento novo desse mercado.
Por um lado, há demanda para aluguel. Mas poucos querem comprar uma casa e ninguém se arrisca a sair vendendo pela dificuldade de achar comprador.
Por enquanto, segue o jogo e o mercado se mantém assim, aquecido e todo mundo ainda conseguindo pagar a moradia mesmo que falte dinheiro para o resto. Isso ajuda na baixa da inflação que pode inclusive aliviar a situação de juros como um todo.
Fonte: E-Investidor
Outras Notícias
IRIRGS
Clipping – O Dia – Mudanças no programa Minha Casa Minha Vida beneficiam classe média e animam o mercado imobiliário
11 de julho de 2023
A Caixa Econômica Federal colocou em vigor as novas regras do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV)...
Anoreg RS
Correio Braziliense – Pais têm direito de mudar o nome do bebê até 15 dias após o registro
10 de julho de 2023
Responsáveis devem procurar um cartório e solicitar a alteração no nome. Caso não haja consenso entre os pais,...
Anoreg RS
Correio Braziliense – Meu nome é orgulho: como o direito ao registro em cartório trouxe cidadania
10 de julho de 2023
Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil calculam 49 retificações nos...
Anoreg RS
Consepre recomenda uso dos cartórios extrajudiciais para cumprimento de atos de comunicação processual
10 de julho de 2023
O Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre) divulgou, na sexta-feira (7), a “Carta de...
Anoreg RS
Meu irmão fez dívidas em nome dos nossos pais, isso pode comprometer nossa futura herança?
10 de julho de 2023
Na coluna da Dinheirista desta semana, dívidas no nome dos pais podem comprometer a herança dos filhos? E o que...